Nesta segunda, no Vaticano, é um dia de reconciliação. O Papa Francisco recebe para um almoço a presidente da Argentina. Cristina Kirchner. Apesar das desavenças, ela vai ser a primeira chefe de estado a visitar o pontífice.
Neste domingo, no Ângelus, o papa exaltou o perdão. E voltou a encantar os féis com o jeito simples e informal.
Foi um domingo de novas quebras de protocolo do Papa Francisco na pequena igreja de Sant Ana, em território romano. Quando o pontífice acabou de celebrar a missa, foi espontaneamente para a rua cumprimentar os fiéis. A segurança ficou atônita. A poucos passos dali, uma multidão o esperava. Ao todo, 300 mil pessoas, pelos cálculos da prefeitura.
No primeiro Ângelus do seu pontificado, Francisco afirmou que a misericórdia torna o mundo
menos frio e mais justo. Mantendo a informalidade dos dias passados, comentou que tinha lido um livro escrito pelo cardeal Kasper, sobre a misericórdia.
O alemão Walter Kasper é um cardeal progressista. E tranquilizou os católicos com a afirmação de que Deus não se cansa de perdoar.
O papa declarou que a sua ligação espiritual com a Itália ficou ainda mais forte depois que escolheu o nome Francisco, o santo padroeiro do país. E lembrou a sua origem de imigrantes italianos.
Depois se despediu desejando um bom almoço a todos. Nesta segunda, a América latina volta à agenda política do Vaticano. O Papa Francisco recebe a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, com quem já teve uma relação de conflitos. São vários os temas divergentes: política do trabalho, aborto, casamento entre homossexuais. Mais de cem delegações estrangeiras são esperadas na terça-feira, para a missa de coroação do Papa Francisco.
A presidente brasileira, Dilma Rousseff, já está em Roma. Os presidentes do Chile, Paraguai e México também estão chegando. O Papa Francisco reconfirmou provisoriamente todos os cargos da cúpula e pediu um tempo para refletir sobre quem vai escolher para ajudá-lo a conduzir o seu pontificado. Segundo a imprensa italiana, a Companhia de Jesus, ordem religiosa dos jesuítas, com sede em Roma, estaria ajudando o primeiro papa jesuíta da história nesse começo difícil, em que ele terá de enfrentar os poderes da cúria. É possível que o papa transforme o cargo de secretário de estado em três funções diferentes. Seria o começo da descentralização de poder na Igreja Católica.
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