sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Governo corta do Orçamento o que pediu para aumentar

O corte de R$ 7,7 bilhões com pagamento de benefícios previdenciários, dentro do contingenciamento de R$ 55 bilhões anunciado pelo governo na quarta-feira, causou estranheza entre técnicos em Orçamento e parlamentares.

Isso porque, em novembro do ano passado, o governo pediu que o Congresso aumentasse a despesa com benefícios previdenciários justamente em quase R$ 7 bilhões. Alegou na época que havia novos impactos, com o reajuste do salário mínimo.

Na ocasião, os técnicos da Comissão Mista de Orçamento (CMO) tiveram dificuldade de identificar esses aumentos. Surgiu a suspeita de que seria uma manobra para inflar despesas, e, depois, reduzi-las. Ou seja, mais uma evidência de que o Orçamento da União está bem próximo de uma peça de ficção, como dizem os parlamentares da oposição.

Na ocasião, a CMO enviou ofício ao Planejamento, cobrando explicações sobre a revisão, já que os técnicos apontavam a necessidade de revisar em até R$ 3 bilhões as despesas previdenciárias, e não em R$ 7 bilhões, como pediu o governo.

Na época, em resposta ao GLOBO sobre o assunto, o Planejamento informou que os novos valores sugeridos se deviam ao índice usado para calcular a inflação (INPC) e à expansão da base atendida em 2011.blog do robson pires

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